Jesus Freak

segunda-feira, 8 de junho de 2009

1º Coríntios

Aula ministrada por Egleidson (vulgo Jesus) no dia 17/05/2009

Começamos com uma pequena introdução ao livro.

No mapa: Corinto era a capital da Acaia, situada no sul da Grécia. Por causa da sua posição perto do istmo que ligava duas partes da Grécia, era uma cidade de importância comercial, cultural e religiosa. Tinha diversos templos dedicados aos vários falsos deuses da época, incluindo um templo de Afrodite, onde os adoradores da deusa praticavam prostituição.

Na historia bíblica: Encontramos o relato do início do trabalho em Corinto em Atos 18:1-17. Na sua segunda viagem missionária, Paulo foi de Atenas até Corínto, onde permaneceu 18 meses. Ele morou e trabalhou com Áquila e Priscila, judeus que fabricavam tendas. Aos sábados, Paulo ensinava na sinagoga. Quando Silas e Timoteo chegaram da Macedonia (veja Atos 17:14-15), Paulo se entregou totalmente ao trabalho do evangelho.

A oposição entre os judeus cresceu, e ele sacudiu o pó dos pés (veja Mateus 7:6; 10:14-15) e deu sua atenção aos gentios. Muitas pessoas, incluindo Crispo, o líder da sinagoga, creram e foram batizadas. Deus mandou que Paulo ficasse naquela cidade. Ele continuou seu trabalho em Corinto durante um ano e seis meses.

Na terceira viagem, Paulo escreveu a primeira carta aos coríntios quando estava em Éfeso, onde ele trabalhou no evangelho durante três anos. Depois de partir de Éfeso, ele mandou a segunda carta da Macedonia (Atos 20:1-2; 2 Coríntios 7:5-6). Muitos comentaristas acreditam, baseados principalmente nos comentários de Paulo em 2:1-10; 7:8; 12:14; 13:1, que entre as duas cartas aconteceram duas coisas não registradas no livro de Atos: 1) Que Paulo fez uma visita a Corínto, e voltou para Éfeso entristecido, e (2) Que ele mandou uma outra carta, considerada severa, repreendendo algumas atitudes erradas dos coríntios.

O conteudo da carta: Enquanto a primeira carta é voltada, em boa parte, aos problemas específicos dos coríntios (questões de doutrina e prática), a segunda carta abre mais o coração de Paulo para mostrar os seus sentimentos fortes em relação aos coríntios e, mais ainda, para com o Senhor. É um livro extremamente rico pelo qual somos privilegiados para ver o coração de uma das grandes personagens da Historia, o apostolo Paulo.

Problemas da Igreja Primitiva em Corintios

Problema de divisão (1:10-17): A família de Cloe disse a Paulo que a igreja estava desenvolvendo um espírito partidário, declarando fidelidade a vários pregadores famosos. Paulo ficou horrorizado. Eles estavam tentando arrancar os membros de Cristo dividindo seu corpo. Paulo insistiu que ele não foi crucificado por eles e que eles não foram batizados no nome dele. De fato, ele se alegrava por ter batizado pessoalmente poucos deles, para que assim não tivessem base para dizer que eram "de Paulo".

Partidarismo dentro da Igreja: 1. O PARTIDO DE PAULO2. O PARTIDO DE APOLO3. O PARTIDO DE CEFAS4. O PARTIDO DE CRISTO

Problema de sabedoria humana (1:18-31): A questão da divisão tinha origem num problema mais fundamental: uma exaltação da sabedoria humana, seja a filosofia grega, ou a visão judaica do rei conquistador, que é totalmente contrária ao caminho de Deus. O evangelho apresentando um Messias crucificado parecia absurdo para eles, como se falasse de "gelo frito." Mas Deus intencionalmente escolheu redimir o homem de um modo que o mundo considera loucura, para humilhar os homens. Seu lema é: "Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor" (1:31).

Carnalidade (3:1-4, 18-20): Paulo repreendeu os sintomas da espiritualidade infantil dos coríntios: Sua alimentação. Eles não podiam tolerar carne forte (isto é, verdades espirituais profundas), somente leite (isto é, os fundamentos). O ciume e a discordia. Os irmãos competiam entre si tentando mostrar-se superiores uns dos outros. Sua exaltação de pregadores. Os coríntios tentavam aliar-se com um pregador ou outro, criando partidos rivais. Seu orgulho. Eles pensavam que eram sábios (3:18), cheios de conhecimento (8:2) e espiritualidade (14:37). Egoísmo e presunção cegavam-nos para suas verdadeiras necessidades espirituais.

Ensinamentos corretivos (3:5-9, 21-23): Paulo enfatiza a posição inferior dos pregadores. Eles eram meros servidores de Deus, mas é ele quem dá o crescimento e que recompensa os pregadores de acordo com seu trabalho (não de acordo com sua eloquência ou inteligência). Além do mais, ciume, rivalidade e jactância sinalizam sentimentos de inferioridade. Mas nenhum cristão precisa provar ou "reivindicar" nada porque Deus nos deu todas as coisas em Cristo.

Demandas judiciais (6:1-11): Ainda que os coríntios aceitassem calmamente a gritante imoralidade em seu meio (capítulo 5), eles processavam seus irmãos, junto a justiça, por danos pessoais sem importância. Paulo ficou horrorizado ao ver que os cristãos que julgarão o mundo estavam resolvendo as diferenças entre si em tribunais humanos. Ele proibiu terminantemente os cristãos de processarem os outros cristãos. Ele os aconselhou a indicarem um irmão para arbitrar as disputas, ou melhor, para evitá-las definitivamente sofrendo a injustiça sem se queixarem.

Imoralidade sexual (6:12-20): Os cristãos abusavam de sua "liberdade" em Cristo reivindicando o direito de satisfazerem seus desejos sexuais como desejassem. Mas Paulo argumentou que a imoralidade sexual é inaceitável para um cristão: Desde que a união sexual envolve a transformação em "uma so carne", a fornicação com efeito afasta o membro do corpo de Cristo que se une a uma meretriz. Os pecados sexuais são contra nossos proprios corpos. Não existe sexo "ocasional". Deus habita no cristão; portanto, nada que seria errado no templo de Deus é justo no corpo do filho de Deus. A fornicação é tão terrível que não devemos parar para negociar com ela. Temos que fugir!

Questões sobre casamento (7:1-40): Os coríntios tinham feito a Paulo diversas perguntas por carta. No capítulo 7, Paulo começou a respondê-las. Eles queriam saber se a pessoa deveria mudar seu estado conjugal quando fosse convertida. Generalizando, Paulo disse que não. Ele ordenou que os casados continuassem casados e que satisfizessem os desejos naturais de seu conjuge. Ele disse que os que fossem casados com não-cristãos não procurassem a separação, mas que permanecessem casados se o par incrédulo quisesse. Ainda que Paulo advertisse as viuvas e as solteiras de que a perseguição iminente poderia complicar suas vidas caso se casassem, ele enfaticamente afirmou que o casamento não era errado para aqueles que o desejassem muito.

O fato de ser um cristão não muda a profissão da pessoa, sua raça nem seu estado civil. Normalmente, quando alguém é chamado, continua no estado em que está. Há exceções claras, certamente. Por exemplo, se a ocupação da pessoa ou o casamento é pecaminoso, é preciso haver mudança. Aqueles que vivem em poligamia, homossexualidade ou adultério têm que separar-se do seu parceiro para servir ao Senhor. Mas se o relacionamento não for pecaminoso, o mesmo permanece quando a pessoa se converte.

A Ceia do Senhor (11:17-34): Os coríntios estavam abusando da ceia do Senhor. As divisões entre eles os levavam a não esperar para partilhar juntos, mas cada um comia o seu proprio alimento logo que possível, nada deixando para os outros. O ambiente era irreverente, e os pobres estavam sendo excluídos. Paulo deu diversas ordens específicas para corrigir a situação. Primeiro de tudo, a ceia do Senhor não era para ser transformada numa refeição comum. As refeições deveriam ser tomadas em casa, mas a ceia do Senhor era uma recordação solene da morte de Cristo. Segundo, ele ordenou que a ceia fosse observada reverentemente meditando na crucificação. Ele advertiu que aqueles que participassem sem uma séria reflexão seriam culpados do proprio corpo e sangue do Senhor. De fato, alguns já tinham sido castigados pelo Senhor porque não estavam participando corretamente. Finalmente, Paulo lhes disse para esperar uns pelos outros antes de começar a tomar a ceia do Senhor. Desse modo todos eles poderiam juntamente comer e recordar do Senhor.

Falta de Amor (13): Nesse texto Paulo faz um consideração sobre o amor de Deus, a sua importancia e a necessidade de sua pratica, porque o povo não o estava praticando e havia dado muito mais importancia a outros dons do que ao amor.

A respeito dos Dons, Paulo escreve ao povo de Corintios instruindo sobre os dons, pois o povo estava dando mais importancia a dons que não eram tão importantes em detrimentos de outros.
Verdades sobre os dons espirituaisO conteúdo determina a autenticidade dos dons espirituais (12:1-3). No paganismo, a propria experiência era importante; o que era feito não importava. Em Cristo, o teste de cada dom é a mensagem que ele inspira seu possuidor a afirmar. Uma vez que todos os diversos dons espirituais têm uma mesma fonte (12:4-11) não deveria haver rivalidade, ciúme ou comparação jactanciosa. Todos os membros do corpo são necessários (12:12-26) porque todos são batizados por um Espírito em um corpo inteiro. Os membros não deveriam sentir-se inferiores ou superiores a outros membros porque Deus pos cada um no corpo onde lhe agradou e deu a cada um as capacidades que ele quis. Dons de ensino (apostolos, profetas, professores) são mais importantes do que os dons espetaculares (milagres, curas, línguas) (12:27-31).

O amor é mais importante do que os dons espirituais (13:1-7). Mesmo que alguém fale línguas angelicais, sem amor isso é inútil. Ainda que se saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, sem amor não é nada. Mesmo que se dê tudo aos pobres e seja queimado numa fogueira, sem amor é vazio. ' Os dons espirituais foram temporários (13:8-13). Quando o perfeito (a revelação completa) veio, os dons espirituais acabaram. Como características infantis são descartadas quando a idade adulta é atingida, assim os dons espirituais ficaram obsoletos quando Deus completou a revelação de sua vontade no primeiro século.Tudo para edificação (14:1-19).

A meta das reunioes cristãs tinha sido sempre a edificação, o desenvolvimento espiritual dos irmãos. A profecia edificava os coríntios porque ensinava, consolava e exortava. Mas falar em línguas (i. e., em outras línguas) nos cultos em Corinto não edificava porque somente Deus e a pessoa que falava sabiam o que estava sendo dito. O unico modo pelo qual falar em línguas estrangeiras poderia edificar os coríntios era se alguém as traduzisse para a língua que falavam; de outro modo era como uma trombeta soando uma advertência ininteligível, inutil. Paulo não estava "rebaixando" as línguas porque ele não podia falá-las; ele podia.

Mas sabia que as reuniões da igreja fortaleceriam os irmãos somente quando os presentes entendessem a linguagem que estava sendo falada.O propósito das línguas (14:20-25). O verdadeiro papel das línguas era servir como um sinal para os incrédulos. Em Atos 2 os apostolos falaram em línguas e pessoas de várias nações que tinham-se juntado para a festa judia do Pentecostes puderam entende-los. A subita capacidade dos apostolos para falar línguas estrangeiras maravilhou a multidão e levou a conversão de 3000 em um seu dia. Corinto não tinha milhares de pessoas de outras naçoes reunidas para uma festa.

Quando os irmãos falaram em línguas estrangeiras ali, isso soava como algaravia. E pior, falavam todos ao mesmo tempo, compondo a confusão. Do modo como os coríntios estavam abusando das línguas, seria mais provável alguém ser convertido pela profecia (que era realmente para os crentes) do que pelas línguas.

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