Jesus Freak

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Efésios – A unidade da Igreja

Aula ministrada por Dani Nogueira no dia 14/06/2009

Efésios é uma das “epístolas da prisão” – Filipenses, Colossenses e Filemom são as demais, além de uma que se perdeu (Cl 4:16). Elas foram escritas quando Paulo estava preso em Roma (59-61/62 dc).

Unidade, universalidade e grandeza inefável do corpo de Cristo. A igreja é uma, para todos e podia alcançar o mundo inteiro.

Nota histórica: Éfeso era uma cidade muito movimentada por ser uma cidade portuária e por ser onde ficava o templo de Diana (uma das sete maravilhas do mundo antigo/romano, em grego: Ártemis), deusa da fertilidade. João residiu lá alguns anos depois, e a igreja de Éfeso é a primeira igreja a qual é dirigida o livro de Apocalipse. Paulo passou 2 anos em Éfeso e tantas pessoas se converteram a Cristo que, quase da noite para o dia, a igreja se tornou uma das influências mais poderosas na cidade e não demorou para se tornar uma das igrejas mais famosas do mundo inteiro.

“Em Éfeso” não consta em alguns manuscritos antigos. Talvez essa carta tenha sido uma carta circular a todas as igrejas da Ásia Menor. Cada uma tinha uma cópia e completava com o nome da igreja local. Isso explicaria a ausência de saudações pessoais nessa carta e o tom formal da carta, já que Paulo tinha muitos amigos ali.


Divisão temática de Efésios:

1. Bênçãos espirituais (1);
2. A Igreja é uma só em Cristo (2,3);
3. Unidade da Igreja (4);
4. Novas obrigações (5,6);

O propósito eterno de Deus à redenção, a adoção, o perdão e a confimação do povo separado para ser propriedade exclusiva de Deus; Regiões celestiais é muito citada nessa carta, é uma expressão que se refere ao mundo espiritual; a predestinação divina;o pecado nos afastou da união com Cristo, Deus está tentando restabelecer essa união.

- Graça: o sacrifício do Cristo inocente por todos nós, criaturas pecadoras.
- Antes uma só nação, agora todas as nações.
- O mistério de Cristo agora foi revelado para todos os povos. As promessas de Deus se estendem para os novos cristãos.
- A oração de Paulo pedindo o amor de Cristo que supera todo conhecimento humano (Em Éfeso tinha uma estátua de Sofia, e Paulo menciona a sabedoria três vezes nessa carta à 1.8, 1.17 e 3.10)

Um só corpo apesar das diferentes funções à o corpo humano é apenas uma unidade, apesar dos diferentes órgãos, que desempenham diferentes funções. Se uma célula parar de obedecer ao comando central do cérebro, um problema muito grave pode ocorrer, como o câncer, por exemplo.

- Unidade:Uma só maneira de viver à comunidade de membros onde todos se respeitam, independentemente de como viviam ou quem eram antes de se converter a Cristo;
- Ira:A ira é compreensível , mas não deve ser mantida por muito tempo.
- Imoralidade sexual: os cultos à Diana, a deusa da fertilidade, envolviam prosmicuidade e os cristãos deveriam fugir disso.
- Louvor:O louvor é uma parte importante da adoração a Deus, e é comum acontecer quando cristãos se encontram.
- Maridos e mulheres em paralelo da igreja com Cristo: Cada um tem uma função dentro do casamento.
- Pais e filhos à primeiro mandamento com promessa: Se Paulo fosse falar com os pais de nossos dias provavelmente iria falar para eles serem mais severos. Os pais da época contrariamente eram muito severos, por isso a recomendação.
- Escravos e senhores: as nossas atitudes em situações comuns refletem a nossa real relação com Cristo. Se somos empregados, devemos respeitar nosso patrão, independentemente da religião dele. Se somos patrões, devemos tratar bem nossos empregados.
- A armadura de Cristo: Maior do que a luta que travamos contra as tentações da carne, que são visíveis, é a luta espiritual que deve ser vencida com a ajuda de Cristo.

Filipenses – A carta da alegria

Aula ministrada por Dani Nogueira no dia 14/06/2009

Carta missionária – devido a oferta que recebeu da igreja que ele fundou em Filipos. Ele normalmente não aceitava pagamento, para contrastar com aqueles que só queriam ganhar dinheiro com as pregações. Se sustentava pelas tendas que fazia, mas dessa vez aceitou a oferta.

Igreja de Filipos – fundada na segunda viagem missionária de Paulo (51 dc) – primeira da Europa. Lucas foi o pastor da igreja durante os seis primeiros anos. Ele talvez fosse natural de lá e era lá que ele praticava a medicina. O caráter foi bem trabalhado, pois era uma das igrejas mais puras do NT.Foi a única carta das “epístolas da prisão” que não foi escrita na mesma ocasião e levada com o mesmo mensageiro que as outras.

Paulo achava que a igreja de Filipos tinha se esquecido dele, quando ele recebeu a oferta pelas mãos de Epafrodito (um dos colaboradores do ministério de Paulo), que quase perdeu a vida na viagem. Quando este voltou, Paulo entregou a carta aos Filipenses para ele levar para a Igreja.

O nome original do povoado que ficava ao norte da Grécia era Krenides, mas em 356 aC o nome foi mudado por Filipe, que era rei da Macedônia e pai de Alexandre, o Grande.Foi colonizada por Roma, e por isso tinha vários privilégios: governo autônomo, ausência de impostos e tratamento como um italiano de nascença.

Timóteo ajudou a redigir essa carta ditada por Paulo. Ele ajudou a fundar a igreja, e por isso seu nome está na saudação. Ele também ajudou a escrever as cartas de I Coríntios, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses e Filemom.

Divisão temática de Filipenses:

O evangelho em Roma (1)
A humildade de Cristo (2)
O alvo celestial (3)
Alegria (4)

Cooperação no evangelho – por meio da oferta que enviaram para Paulo, se tornaram co-participantes da obra dele; O evangelho em Roma, ao invés de ter sido impedido pela prisão de Paulo naquela cidade, se tornou um benefício, de modo que ele teve acesso aos círculos oficiais e até mesmo na corte de Nero havia convertidos.

Paulo estava pronto para morrer – obviamente sentindo muitas dores, devido aos maus tratos pelos quais ele havia passado, além da idade avançada. Tinha grande desejo de estar com Cristo na eternidade, mas para ele, estando vivo ou morto, Cristo continuava sendo sua vida e alegria. Apesar do desejo de estar no céu, ainda tinha esperança de voltar a Filipos.

Os sofrimentos dos filipenses – apesar de 10 anos de existência, a igreja em Filipos ainda sofria perseguições. Paulo torcia junto aos seus irmãos de lá para que a perseguição acabasse, e os perseguidores colhessem o que tinham plantado.

Exemplo de humildade – apesar de ser uma carta com menos censura que na maioria das outras cartas do NT, talvez essa exaltação à humildade fosse para combater o orgulho na liderança da igreja, talvez especificamente Evódia e Síntique (provavelmente diaconisas ou mulheres de alto escalão social cujas casas serviam de igrejas. Estavam deixando diferenças pessoais se tornarem motivo de aborrecimento para igreja).

Cristo abriu mão de tudo aquilo que possuía. Há um contraste evidente entre a humilhação e os sofrimentos de Cristo, com sua exaltação e glória.Paulo se alegrava em pensar na eternidade, não só por estar com Cristo, mas por saber que seus amigos, que ele mesmo levou a Cristo, estariam com ele para celebrarem junto a Deus.

Paulo planejava voltar a Filipos – a longa prisão de Paulo mudara seus planos de ir a Espanha, mas provavelmente ele foi absolvido e visitou a igreja de Filipos, e outras igrejas do Oriente. Cinco anos depois foi preso novamente, levado para Roma, e executado.

Esse capítulo provavelmente foi escrito devido aos judaizantes presentes naquela igreja. Paulo era profundo conhecedor da lei e justiça judaica, mas agora considerava tudo isso lixo ou esterco. Dependia totalmente de Cristo, e conhecê-lo era seu único alvo. É bem enfático nesse capítulo a ansiedade de Paulo para chegar ao alvo. Como estrangeiros nessa terra, devemos correr a corrida em direção a eternidade e levar o maior número de pessoas que pudermos conosco.

Alegrem-se! – apesar de tudo o que Paulo tinha sofrido até então: apedrejamento, açoitamento e espancamento, Paulo demonstrava cada vez mais estar alegre. Por meio de Cristo podemos ser alegres em qualquer situação.

Perto está o Senhor – Paulo enfatizava que Jesus só voltaria depois que houvesse o desvio, a apostasia, mas esse era um processo que estava acontecendo rapidamente em algumas de sua igreja, por isso ele não conseguia parar de falar nisso. A esperança da volta de Cristo, junto com a sua constante atitude de gratidão é que dava alegria a sua vida.

A chegada de Epafrodito – como Paulo estava preso, não tinha como se sustentar, e essa oferta foi recebida com enorme satisfação. O maior motivo da felicidade não era nem o dinheiro em si, mas o fato de saber que aquela igreja era co-participante de sua obra, e, de certa forma, era responsável pelas almas que ele ainda haveria de ganhar.A maioria dos cristãos primitivos pertenciam às classes mais baixas da sociedade, mas haviam alguns em alta posição.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Gálatas

Aula ministrada por Jozi no dias 24 e 31/05/2009

AUTOR: Paulo

DATA DA ESCRITA: Escrita para as igrejas de Galácia fundadas por Paulo e Barnabé; cerca de 57 D.C (fim da terceira viagem missionária de Paulo)

LOCAL DA ESCRITA: Éfeso na Macedônia ou Corinto, pouco antes de escrever o livro de Romanos.

. Há rumores de que ela foi escrita na Antioquia por volta de 49 D.C, pouco depois do primeiro regresso de Paulo da Galácia, antes do concilio de Jerusalém 49/50 D.C. Também pode ter sido escrita em 51/52 ou 53 D.C após o regresso da segunda viagem pelo fato de ele citar “... lhes preguei o Evangelho pela primeira vez” (Gl 4:13)

QUEM ERAM AS IGREJAS DA GÁLACIA?

Referia-se á região centro-norte da Ásia menor (hoje Turquia) ou a uma província romana na Ásia Menor-Central

Antioquia ou Psidia
Icônio
Listra
Derbe

* Todas as cidades acima foram visitadas na primeira viagem.

PENSAMENTO CENTRAL DO LIVRO:

Pela graça, não pela Lei (Gl 5:1)

- Quando a boa noticia do evangelho se espalhou pelo império romano e muitos começaram a aceitar Jesus como Salvador, surgiram logo discussões sobre a necessidade de os não-judeus seguirem as leis dos judeus, especialmente a que mandava que todo homem fosse circuncidado (Atos 15:1, 35). Essa mesma discussão apareceu nas igrejas que o apóstolo Paulo havia fundado na província romana da galácia (hoje região da Turquia). Várias pessoas estavam dizendo àqueles cristãos que eles precisavam obedecer á lei de Moises para poderem ser aceitos por Deus.

A carta aos gálatas é a resposta que Paulo dá a essa falsa doutrina. Com argumentos fortes e palavras ás vezes chocantes, Paulo denuncia este outro “evangelho”, que está sendo anunciado e procura trazer de volta a fé verdadeira aqueles que estão se desviando do caminho certo. Ele fala da sua própria experiência cristã e defende a sua autoridade como apóstolo. Mostra também como, na reunião dos líderes cristãos em Jerusalém, ele tinha recebido a aprovação deles para continuar a anunciar a mensagem de que a salvação depende somente da fé, e não daquilo que a Lei de Moisés manda fazer. Em defesa da sua posição Paulo cita o antigo testamento e fala da experiência de Abraão, o pai do povo escolhido. Ele mostra que Abraão foi aceito por Deus não pela suas obras, mas por causa da sua fé. Na última parte da carta, Paulo fala da liberdade que tem aqueles que crêem em Cristo e como essa liberdade se torna realidade na vida cristã. Todos os cristãos de todos os tempos devem se lembrar sempre do que está escrito em Gl 5:1:

“Cristo nos libertou para que sejamos de fato livres. Por isso, continuem firmes nessa liberdade e não se tornem novamente escravos.”

- Até a década de 70 D.C o cristianismo era considerado uma “seita-judaica” porém, com a queda do judaísmo (também em 70 D.C0 romperam-se os vínculos entre judaísmo e cristianismo, e foi quando o cristianismo passou a ser uma religião mundial.

CONTEÚDO DA EPÍSTOLA

1-Introdução (Gl 1:5)
1b- Apostasia dos Gálatas (1:6-10)

2- Apologia de Paulo (autoridade de Paulo como apóstolo) (1:11 a 2:21)

3-Argumento doutrinário (3:1,4:1-31)

· A experiência dos próprios Gálatas (3:1-5)
· O caso de Abraão (3:6-9)
· Os resultados diferentes da fé e das obras (3:10,14)
· A promessa e a lei (3:15,29)
· Emergindo para a filiação (4:1,7)
· Voltando aos rudimentos (4:8,11)
· Um apelo pessoal (4:12,20)
· Uma abordagem alegórica (4:21,31)

4- Exortações éticas (5:1,6:10)

A vida cristã como uma vida de liberdade (5:1,15)
A vida cristã como a vida no Espírito (5:16,26)
A vida cristã na sua responsabilidade para com os outros (6:1,10)



5- Conclusão (6:11,18)

1º Coríntios

Aula ministrada por Egleidson (vulgo Jesus) no dia 17/05/2009

Começamos com uma pequena introdução ao livro.

No mapa: Corinto era a capital da Acaia, situada no sul da Grécia. Por causa da sua posição perto do istmo que ligava duas partes da Grécia, era uma cidade de importância comercial, cultural e religiosa. Tinha diversos templos dedicados aos vários falsos deuses da época, incluindo um templo de Afrodite, onde os adoradores da deusa praticavam prostituição.

Na historia bíblica: Encontramos o relato do início do trabalho em Corinto em Atos 18:1-17. Na sua segunda viagem missionária, Paulo foi de Atenas até Corínto, onde permaneceu 18 meses. Ele morou e trabalhou com Áquila e Priscila, judeus que fabricavam tendas. Aos sábados, Paulo ensinava na sinagoga. Quando Silas e Timoteo chegaram da Macedonia (veja Atos 17:14-15), Paulo se entregou totalmente ao trabalho do evangelho.

A oposição entre os judeus cresceu, e ele sacudiu o pó dos pés (veja Mateus 7:6; 10:14-15) e deu sua atenção aos gentios. Muitas pessoas, incluindo Crispo, o líder da sinagoga, creram e foram batizadas. Deus mandou que Paulo ficasse naquela cidade. Ele continuou seu trabalho em Corinto durante um ano e seis meses.

Na terceira viagem, Paulo escreveu a primeira carta aos coríntios quando estava em Éfeso, onde ele trabalhou no evangelho durante três anos. Depois de partir de Éfeso, ele mandou a segunda carta da Macedonia (Atos 20:1-2; 2 Coríntios 7:5-6). Muitos comentaristas acreditam, baseados principalmente nos comentários de Paulo em 2:1-10; 7:8; 12:14; 13:1, que entre as duas cartas aconteceram duas coisas não registradas no livro de Atos: 1) Que Paulo fez uma visita a Corínto, e voltou para Éfeso entristecido, e (2) Que ele mandou uma outra carta, considerada severa, repreendendo algumas atitudes erradas dos coríntios.

O conteudo da carta: Enquanto a primeira carta é voltada, em boa parte, aos problemas específicos dos coríntios (questões de doutrina e prática), a segunda carta abre mais o coração de Paulo para mostrar os seus sentimentos fortes em relação aos coríntios e, mais ainda, para com o Senhor. É um livro extremamente rico pelo qual somos privilegiados para ver o coração de uma das grandes personagens da Historia, o apostolo Paulo.

Problemas da Igreja Primitiva em Corintios

Problema de divisão (1:10-17): A família de Cloe disse a Paulo que a igreja estava desenvolvendo um espírito partidário, declarando fidelidade a vários pregadores famosos. Paulo ficou horrorizado. Eles estavam tentando arrancar os membros de Cristo dividindo seu corpo. Paulo insistiu que ele não foi crucificado por eles e que eles não foram batizados no nome dele. De fato, ele se alegrava por ter batizado pessoalmente poucos deles, para que assim não tivessem base para dizer que eram "de Paulo".

Partidarismo dentro da Igreja: 1. O PARTIDO DE PAULO2. O PARTIDO DE APOLO3. O PARTIDO DE CEFAS4. O PARTIDO DE CRISTO

Problema de sabedoria humana (1:18-31): A questão da divisão tinha origem num problema mais fundamental: uma exaltação da sabedoria humana, seja a filosofia grega, ou a visão judaica do rei conquistador, que é totalmente contrária ao caminho de Deus. O evangelho apresentando um Messias crucificado parecia absurdo para eles, como se falasse de "gelo frito." Mas Deus intencionalmente escolheu redimir o homem de um modo que o mundo considera loucura, para humilhar os homens. Seu lema é: "Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor" (1:31).

Carnalidade (3:1-4, 18-20): Paulo repreendeu os sintomas da espiritualidade infantil dos coríntios: Sua alimentação. Eles não podiam tolerar carne forte (isto é, verdades espirituais profundas), somente leite (isto é, os fundamentos). O ciume e a discordia. Os irmãos competiam entre si tentando mostrar-se superiores uns dos outros. Sua exaltação de pregadores. Os coríntios tentavam aliar-se com um pregador ou outro, criando partidos rivais. Seu orgulho. Eles pensavam que eram sábios (3:18), cheios de conhecimento (8:2) e espiritualidade (14:37). Egoísmo e presunção cegavam-nos para suas verdadeiras necessidades espirituais.

Ensinamentos corretivos (3:5-9, 21-23): Paulo enfatiza a posição inferior dos pregadores. Eles eram meros servidores de Deus, mas é ele quem dá o crescimento e que recompensa os pregadores de acordo com seu trabalho (não de acordo com sua eloquência ou inteligência). Além do mais, ciume, rivalidade e jactância sinalizam sentimentos de inferioridade. Mas nenhum cristão precisa provar ou "reivindicar" nada porque Deus nos deu todas as coisas em Cristo.

Demandas judiciais (6:1-11): Ainda que os coríntios aceitassem calmamente a gritante imoralidade em seu meio (capítulo 5), eles processavam seus irmãos, junto a justiça, por danos pessoais sem importância. Paulo ficou horrorizado ao ver que os cristãos que julgarão o mundo estavam resolvendo as diferenças entre si em tribunais humanos. Ele proibiu terminantemente os cristãos de processarem os outros cristãos. Ele os aconselhou a indicarem um irmão para arbitrar as disputas, ou melhor, para evitá-las definitivamente sofrendo a injustiça sem se queixarem.

Imoralidade sexual (6:12-20): Os cristãos abusavam de sua "liberdade" em Cristo reivindicando o direito de satisfazerem seus desejos sexuais como desejassem. Mas Paulo argumentou que a imoralidade sexual é inaceitável para um cristão: Desde que a união sexual envolve a transformação em "uma so carne", a fornicação com efeito afasta o membro do corpo de Cristo que se une a uma meretriz. Os pecados sexuais são contra nossos proprios corpos. Não existe sexo "ocasional". Deus habita no cristão; portanto, nada que seria errado no templo de Deus é justo no corpo do filho de Deus. A fornicação é tão terrível que não devemos parar para negociar com ela. Temos que fugir!

Questões sobre casamento (7:1-40): Os coríntios tinham feito a Paulo diversas perguntas por carta. No capítulo 7, Paulo começou a respondê-las. Eles queriam saber se a pessoa deveria mudar seu estado conjugal quando fosse convertida. Generalizando, Paulo disse que não. Ele ordenou que os casados continuassem casados e que satisfizessem os desejos naturais de seu conjuge. Ele disse que os que fossem casados com não-cristãos não procurassem a separação, mas que permanecessem casados se o par incrédulo quisesse. Ainda que Paulo advertisse as viuvas e as solteiras de que a perseguição iminente poderia complicar suas vidas caso se casassem, ele enfaticamente afirmou que o casamento não era errado para aqueles que o desejassem muito.

O fato de ser um cristão não muda a profissão da pessoa, sua raça nem seu estado civil. Normalmente, quando alguém é chamado, continua no estado em que está. Há exceções claras, certamente. Por exemplo, se a ocupação da pessoa ou o casamento é pecaminoso, é preciso haver mudança. Aqueles que vivem em poligamia, homossexualidade ou adultério têm que separar-se do seu parceiro para servir ao Senhor. Mas se o relacionamento não for pecaminoso, o mesmo permanece quando a pessoa se converte.

A Ceia do Senhor (11:17-34): Os coríntios estavam abusando da ceia do Senhor. As divisões entre eles os levavam a não esperar para partilhar juntos, mas cada um comia o seu proprio alimento logo que possível, nada deixando para os outros. O ambiente era irreverente, e os pobres estavam sendo excluídos. Paulo deu diversas ordens específicas para corrigir a situação. Primeiro de tudo, a ceia do Senhor não era para ser transformada numa refeição comum. As refeições deveriam ser tomadas em casa, mas a ceia do Senhor era uma recordação solene da morte de Cristo. Segundo, ele ordenou que a ceia fosse observada reverentemente meditando na crucificação. Ele advertiu que aqueles que participassem sem uma séria reflexão seriam culpados do proprio corpo e sangue do Senhor. De fato, alguns já tinham sido castigados pelo Senhor porque não estavam participando corretamente. Finalmente, Paulo lhes disse para esperar uns pelos outros antes de começar a tomar a ceia do Senhor. Desse modo todos eles poderiam juntamente comer e recordar do Senhor.

Falta de Amor (13): Nesse texto Paulo faz um consideração sobre o amor de Deus, a sua importancia e a necessidade de sua pratica, porque o povo não o estava praticando e havia dado muito mais importancia a outros dons do que ao amor.

A respeito dos Dons, Paulo escreve ao povo de Corintios instruindo sobre os dons, pois o povo estava dando mais importancia a dons que não eram tão importantes em detrimentos de outros.
Verdades sobre os dons espirituaisO conteúdo determina a autenticidade dos dons espirituais (12:1-3). No paganismo, a propria experiência era importante; o que era feito não importava. Em Cristo, o teste de cada dom é a mensagem que ele inspira seu possuidor a afirmar. Uma vez que todos os diversos dons espirituais têm uma mesma fonte (12:4-11) não deveria haver rivalidade, ciúme ou comparação jactanciosa. Todos os membros do corpo são necessários (12:12-26) porque todos são batizados por um Espírito em um corpo inteiro. Os membros não deveriam sentir-se inferiores ou superiores a outros membros porque Deus pos cada um no corpo onde lhe agradou e deu a cada um as capacidades que ele quis. Dons de ensino (apostolos, profetas, professores) são mais importantes do que os dons espetaculares (milagres, curas, línguas) (12:27-31).

O amor é mais importante do que os dons espirituais (13:1-7). Mesmo que alguém fale línguas angelicais, sem amor isso é inútil. Ainda que se saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, sem amor não é nada. Mesmo que se dê tudo aos pobres e seja queimado numa fogueira, sem amor é vazio. ' Os dons espirituais foram temporários (13:8-13). Quando o perfeito (a revelação completa) veio, os dons espirituais acabaram. Como características infantis são descartadas quando a idade adulta é atingida, assim os dons espirituais ficaram obsoletos quando Deus completou a revelação de sua vontade no primeiro século.Tudo para edificação (14:1-19).

A meta das reunioes cristãs tinha sido sempre a edificação, o desenvolvimento espiritual dos irmãos. A profecia edificava os coríntios porque ensinava, consolava e exortava. Mas falar em línguas (i. e., em outras línguas) nos cultos em Corinto não edificava porque somente Deus e a pessoa que falava sabiam o que estava sendo dito. O unico modo pelo qual falar em línguas estrangeiras poderia edificar os coríntios era se alguém as traduzisse para a língua que falavam; de outro modo era como uma trombeta soando uma advertência ininteligível, inutil. Paulo não estava "rebaixando" as línguas porque ele não podia falá-las; ele podia.

Mas sabia que as reuniões da igreja fortaleceriam os irmãos somente quando os presentes entendessem a linguagem que estava sendo falada.O propósito das línguas (14:20-25). O verdadeiro papel das línguas era servir como um sinal para os incrédulos. Em Atos 2 os apostolos falaram em línguas e pessoas de várias nações que tinham-se juntado para a festa judia do Pentecostes puderam entende-los. A subita capacidade dos apostolos para falar línguas estrangeiras maravilhou a multidão e levou a conversão de 3000 em um seu dia. Corinto não tinha milhares de pessoas de outras naçoes reunidas para uma festa.

Quando os irmãos falaram em línguas estrangeiras ali, isso soava como algaravia. E pior, falavam todos ao mesmo tempo, compondo a confusão. Do modo como os coríntios estavam abusando das línguas, seria mais provável alguém ser convertido pela profecia (que era realmente para os crentes) do que pelas línguas.

2º Coríntios

Aula ministrada por Egleidson (vulgo Jesus) no dia 17/05/2009
Tema: Preocupação pela bem estar dos irmãos
PAULO escreveu, evidentemente, sua primeira carta aos cristãos em Corinto no começo de 55 E. C. Mas, depois de escrevê-la, ficou muito preocupado com o efeito de sua admoestação e da forte repreensão sobre os seus filhos espirituais. Tomariam isso a peito ou não lhe fariam caso, a espera duma resposta deles, Paulo seguiu viagem para Troade e depois para Macedonia, antes de Tito chegar com um relato favorável.
Todavia, ainda existia entre aqueles cristãos certa condição que muito afligia a Paulo. Várias pessoas de destaque entre eles estavam rebaixando o ministério de Paulo. Em resultado, sua segunda carta a eles tornou-se intensamente pessoal. Quase em cada capítulo ele se refere ao seu ministério, falando do seu proceder irrepreensível e das perseguições que havia suportado. Tem muito amor a eles — “estais em nossos corações para morrer e para viver conosco” — e por isso acha que pode usar de “muita franqueza no falar” com eles; podendo-se dizer que tudo isso estava em harmonia com o provérbio: “Fiéis são os ferimentos infligidos por alguém que ama.” — 2 Cor. 7:3, 4; Pro. 27:6.
Ele inicia sua segunda carta por bendizer a Deus pelo consolo que dá aos seus servos. Depois, Paulo fala da perseguição que ele e seus companheiros tiveram de suportar e de como ‘se comportou com santidade e sinceridade piedosa entre eles’. No capítulo dois, ele escreve a respeito de sua grande alegria de saber das boas notícias sobre eles e então observa que ele e seus companheiros estavam adequadamente habilitados, porque não eram vendedores ambulantes da Palavra de Deus, mas falavam em sinceridade. Em prosseguimento, diz que não precisa de cartas de recomendação para eles, pois, eles mesmos são as suas cartas, escritas nos corações.

No capítulo quatro, Paulo diz que não agiu com astucia, nem adulterou a Palavra de Deus mas agiu de modo a recomendar-se a toda consciência humana vista de Deus. Novamente, lembra-lhes a perseguição que suportou. Continuando, ele lhes diz: “Somos apertados de todos os modos, mas não comprimidos sem nos podermos mover.” Todavia, ele consegue suportar todas as coisas por fixar a vista nas coisas invisíveis, que são eternas. Sim, “estamos andando pela fé, não pela vista”.
Faz o apelo: “Espero que tenhamos sido também manifestados as vossas consciências.”
Paulo inicia o capítulo seis por instar com eles ‘a não aceitar a graça imerecida de Deus e desacertar o proposito dela’, e depois entra em pormenores sobre quão cuidadoso ele foi para que ‘não se achasse falta no seu ministério’. Apos assegurar-lhes novamente seu amor e dizer-lhes que aumentem sua afeição por ele, adverte-os a não ficar em jugo desigual com os incrédulos. Continuando, aconselha: “Purifiquemo-nos de toda imundície da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade em temor de Deus.” Daí, Paulo novamente defende seu proceder: “Não temos feito injustiça a ninguém, . . . não nos temos aproveitado de ninguém.”
Nos capítulos oito e nove, Paulo toca no assunto das contribuições deles para seus irmãos necessitados em Jerusalém, e, então, tranquiliza-os sábia e consoladoramente: ‘O que a pessoa der será especialmente aceitável se for segundo o que a pessoa tem, e não segundo o que não tem’, e “quem semear parcimoniosamente, ceifará também parcimoniosamente; e quem semear generosamente, ceifará também generosamente. Faça cada um conforme tem resolvido no seu coração, . . . pois Deus ama o dador animado.” — 2 Cor. 8:12; 9:6, 7.
A seguir, Paulo diz que, na sua guerra cristã, não usou de métodos e “armas” carnais, mas que, não obstante, suas “armas” eram poderosas para demolir raciocínios e para trazer todo pensamento sujeição ao Cristo. Repreende-os, assim, por se queixarem de que suas cartas eram ponderosas, mas ‘a sua fala e presença física eram fracas’. Dá todo este conselho, porém, preocupado com o bem-estar espiritual deles, pois os prometera a Cristo em casamento, como noiva virgem. Censura, assim, os “superfinos apostolos” deles, alista suas proprias qualificações e depois recita uma lista impressionante de coisas que teve de suportar como servo de Cristo. Sim, se havia um servo devotado de Cristo, Paulo o era ainda mais! — 2 Cor. 11:1-33.

Deveras, a Segunda aos Coríntios é expressão da grande preocupação amorosa de Paulo com seus filhos espirituais em Corinto. Não há duvida sobre isso, sua “muita franqueza no falar” para com eles estava em harmonia com o provérbio de que ‘os ferimentos infligidos por um amigo são fiéis’.